Em 25/03/2022, fui surpreendido por ter sido citado num artigo da Revista Piauí por João Moreira Sales, seu fundador, e por quem tenho admiração e respeito por toda sua obra.
O artigo dele tem um objetivo político bastante claro ao confrontar as enigmáticas intenções do Presidente ditador Putin no conflito desumano com a Ucrânia, com o nosso Presidente Jair Bolsonaro, comparando, em suas palavras, a forma diferente com que ambos tem um potencial destruidor do planeta em que vivemos. O primeiro, através de suas armas nucleares, e o segundo através do mau uso e oportunismo de seu cargo em relação à nossa Amazônia.
O autor do artigo cita um pequeno trecho de minha entrevista para o Jornal O Globo, publicada no último dia 5, me qualificando como “não propriamente um ambientalista”, e destaca um trecho fora do contexto da minha fala.
Toda minha narrativa no artigo original foi justamente a de ressaltar que a independência que precisamos ter em relação à importação de determinados minerais, não justifica a urgência em aprovar esse Projeto de Lei 191/2020, sem que tenha havido um profundo debate com o setor e a sociedade, e que mais uma vez, desfavorece a imagem do setor mineral (confundido com o Garimpo).
Por esse frequente mal entendido, esquecemos que o setor mineral é essencial às atividades modernas de toda sociedade, permitindo inclusive que seja possível vermos obras produzidas com a qualidade da filmografia do autor, por exemplo!
Em minha opinião, como atuante no setor, não acredito que a Vale tenha desistido das áreas em reservas por pressões ambientais, pois apesar da sociedade e da mídia só “venderem” sua imagem pelos acidentes, a Vale tem grandes feitos como preservadora das nossas matas e fauna, bastando citar pelo menos o incrível trabalho de preservação feito na região do Carajás, onde seu entorno é uma ilha de florestas preservada em meio a desmatamento sem controle fora de suas fronteiras. Seu modelo é talvez único, se comparado às empresas de mesmo porte, seja no campo social ou empresarial, onde tem se portado com mais méritos ainda, praticando a inclusão, diversificação e compartilhamento de ativos!
Felizmente, e orgulhosamente, pertenço a uma classe dos novos brasileiros mineradores, que assim como eu, acreditam que a mineração pode ser feita de forma sustentável, que podemos ter empresas sérias e idôneas, com interesse em explorar sem destruir, sempre pensando em incluir e preservar, e que trabalham todos os dias pra que isso se torne realidade. Acreditamos que a sociedade pode sim encontrar um meio termo, e conviver com a evolução em sintonia com meio ambiente, para assim todos prosperarmos!
Por tudo isso tenho trabalhado ao longo destes 35 anos, com a coragem de me posicionar, de defender o que penso, e de expor minhas ideias.
Meu caro João, realmente não me considero propriamente o ambientalista que você tem em mente, com cartazes e protestos, faço mais que isso todos os dias, pratico e faço praticar nas empresas em que atuo e entidades que represento, todas as ações necessárias em prol de um ambiente ético e sustentável. E tenho crença, como você, que a atividade empresarial pode e deve incluir valores morais, como a ética, a bondade e a solidariedade, e sou sim um IDEALISTA, e realizador, que luta por um Brasil melhor !
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